quinta-feira, 16 de setembro de 2010

#001

Setembro, 2010

Não faz nem dez minutos que você atravessou aquela porta deixando tudo pra trás e levando a única coisa boa que tinha em mim: você.
Você deve estar se perguntando agora o que eu tinha na cabeça quando escrevi essa carta, bem... nada. Como você sempre dizia "cada um faz da sua fossa o que quiser" e aqui estou eu falando como se você pudesse me ouvir. Eu não vou dar uma de sentimental e falar que eu estou chorando ou que quando você me abraçou e sussurrou aquele "eu vou sentir sua falta" bem daquele seu jeito eu senti como se cada palavra pesasse uma tonelada cada uma, e que juntas elas dançavam frevo sobre o meu coração, ou que eu estou escrevendo uma carta! Quão insano isso pode ser? Você acabou de sair e eu estou aqui numa depressão danada como se fossem anos... imagine quando isso tudo fizer anos.
Eu não sei se você percebeu, eu espero que não na verdade, eu não consegui dormir. Rolei pra cá e pra lá com toda delicadeza do mundo, mesmo soando meio gay isso, pra não te acordar. Fiquei te olhando dormir calma, como se nada do mundo mais importasse. Era assim que eu me sentia quando estavamos juntos: nada mais importava, a não ser o controle remoto quando você insistia em roubar da minha mão pra colocar naquele seu programa chato de culinária, isso porquê você nem cozinhava. Falando nisso, vou sentir falta disso também, você chegou a pensar nisso quando resolveu que aceitaria ir embora? Quem vai fazer a comida agora? Não estou te culpando, até porque você não era la essas coisas na cozinha (palavras suas), mas lá era o seu território... Então já aviso se daqui alguns anos quando a gente se encontrar, porque eu tenho certeza que isso vai acontecer, certeza viu? culpe meus quilos a mais à lanches, miojos e todo tipo de comida congelada que existir, e me prometa que eles também não vão afetar em nada o que você sente por mim.
'Tá tudo tão recente que eu ainda estou esperando você entrar por aquela porta e aparecer do nada atrás de mim com as mãos na cintura reclamando do porque eu ainda não lavei a louça, tão recente que eu ainda sinto seu cheiro em tudo por aqui, e eu espero que ele não vá embora nunca.
Eu torço tanto por você nessa sua nova vida daqui pra frente, mas tenho tanto medo de você resolver deixar a velha pra trás, e quando digo velha digo eu, que só de pensar me falta o ar. Mas também não to pedindo pra se prender a um homem qualquer que você largou pra trás. A única coisa que eu te peço é pra não esquecer tudo que tivemos juntos, que até as nossas brigas sejam motivo pra você sorrir as vezes e só mais uma coisa, eu amo você.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

as cartas que eu não mando

títulos são sempre a minha dor de barriga de qualquer texto. incomoda, incomoda e quando sai, bem... é uma merda.
não que eu esteja reclamando do meu titulo atual, na verdade o seu lugar do seu cuca é uma das minhas preferidas, mas andando e pensando e escutando música eis que me surge leoni e as cartas que eu não mando, seria um titulo tão lindo, ja tinha uma ideia surgindo em minha mente, mas como sempre acontece o titulo ja estava sendo usado então o velho sonho continuará sendo o velho sonho com um que de as cartas que eu não mando.

teste 123

e lá vou eu com mais um blog. :)